Chip da beleza


 
 
 

Foto: implantes hormonais Elmeco. Cápsulas de silicone plástico, silástico, preenchidas de hormônios, como a gestrinona.
 
 
O “chip da beleza” como é chamado pelas usuárias e também algumas vezes pelo seu criador, Professor Elsimar Coutinho, que justifica: “ ...se além de tratar os transtornos da condição feminina: como as complicações da menstruação, a TPM, a endometriose; esses implantes oferecerem bem estar e a mulher sentir-se mais bela e feliz com eles, afinal que mal há na beleza?”
Conseguir que a mulher se livre da menstruação e das suas complicações: cólicas, irritabilidade com a famigerada TPM é o desafio dos ginecologistas. Imagine se esse tratamento vier acompanhado de emagrecimento, combate à celulite, aumento da libido e da disposição geral.
Muitas mulheres tem se beneficiado nessa situação com o emprego da gestrinona aplicada em implantes subcutâneos que tem a duração de um ano.
Inicialmente a gestrinona foi empregada no tratamento da endometriose. A substância é um progestínico, isto é tem semelhança com a estrutura química da progesterona, e age seletivamente estimulando e inibindo diversos receptores dos hormônios esteroides sexuais. Na dose adequada bloqueia o eixo hipófise-ovário, e assim inibe a ovulação e a menstruação. Tem leve efeito androgênico e alguma ação anabolizante. A paciente ganha massa magra, especialmente se praticar exercícios físicos e realizar dieta orientada.
A gestrinona foi comercializada no Brasil até abril de 2014 com o nome comercial de DIMETROSE. Era apresentada em comprimidos de 2,5mg para uso via oral. Hoje é produzida em farmácias de manipulação na forma de implantes de silástico para colocação subcutânea e na forma de gel para pele e creme vaginal.
Também é empregada no tratamento de outros transtornos ginecológicos que apresentam aumento do sangramento menstrual como miomas, e na modulação da terapia hormonal no climatério e pós-menopausa.
Mulheres que fazem uso dos implantes de gestrinona apresentam uma redução sérica da proteína carreadora dos hormônios sexuais, SHBG, promovendo uma maior quantidade de testosterona livre. Essas pacientes ao longo do tempo são beneficiadas pela supressão do sangramento menstrual e apresentam níveis hematológicos de glóbulos vermelhos, hemoglobina e hematócrito nos padrões masculinos, que são maiores, e que se traduzem clinicamente em uma maior oxigenação dos tecidos e mais disposição para as atividades em geral. Ganham massa muscular e esta fica mais definida esteticamente de acordo com o programa de atividade física praticado. Diminui o tecido adiposo das mamas e dos glúteos de onde decorre a perda dos sinais da celulite.
O que é observado a longo prazo também nessas mulheres submetidas ao tratamento com os implantes subcutâneos de gestrinona é o ganho de densidade óssea, verificada pelo acompanhamento da sua variação na coluna lombar e no colo do fêmur, prevenindo a osteopenia, osteoporose e fraturas.
Mas tudo isso depende de uma dose estabelecida após uma detalhada avaliação clínico-laboratorial. E um rigoroso acompanhamento médico durante o tratamento para eventualmente corrigir alguma inadequação na resposta da paciente. As queixas mais frequentes são oleosidade da pele, acne, queda do cabelo e sangramentos vaginais inesperados, mas geralmente de pequena quantidade. Essas queixas e qualquer outra que eventualmente ocorra merecem uma abordagem do médico que está assistindo a sua paciente, que ele deve conhecer melhor que qualquer outro profissional.
Os resultados são como os descritos acima em mulheres que não apresentem contra-indicações.   Não sejam portadoras de moléstias graves, que não sejam obesas, que não sejam portadoras de doenças psiquiátricas. Porque nessas situações elas tomam muitas medicações que podem comprometer o metabolismo hepático e renal. Este tipo de tratamento é contraindicado nas mulheres grávidas e que estão amamentando.
As respostas são individuais e na média o implante subcutâneo é muito bem tolerado, apreciado e recomendado.
Por ser administrado na forma de implante hormonal subcutâneo essa via apresenta uma grande vantagem do hormônio não ter a primeira passagem hepática como tem os administrados pela via oral, que uma vez absorvido são levados ao fígado e ali impactam diversos grupos enzimáticos, sendo boa parte da medicação inativada.
Outra grande vantagem é a sua permanência por um longo período, no caso do implante da gestrinona um ano. Não necessitando da lembrança diária da ingestão, como nos comprimidos orais, e da aplicação, como no caso do gel.
Soma-se também a vantagem de que havendo qualquer intercorrência quando venha a se impor a retirada seja por razões médicas ou pelo desejo da paciente, isso pode ser feito com a mesma facilidade da sua colocação sob anestesia local.




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