Martha, a French Market customer
Martha, a market customer
30 anos separam as duas fotos: eu abraçando a escultura da Martha, a freguesa do mercado ( a market customer ) no French Quarter, de New Orleans. Escultura de Paul Perret, de 1983.
A primeira vez que visitei New Orleans foi em outubro de 1977. Eu e o Jakov Vlasic Bajtalo, meu colega no curso de medicina em Sorocaba, e também colega de plantão na Maternidade da Cruzada Pró-Infância, no Hospital Pérola Byington de São Paulo, fazíamos como exchange students um estágio em Ginecologia e Obstetrícia na Universidade do Tennessee em Memphis. Um dia o Dr. Alexander Fedinec, diretor de assuntos internacionais da universidade, nos chamou. Queria nos vender seu carro usado, um Buick station wagon 1968. E sugeriu que com esse carro poderíamos ir até New Orleans, acompanhando a sua filha. Lá em New Orleans estava ocorrendo uma exibição dos tesouros de Tutancâmon, um faraó do antigo Egito. No final de semana combinado para a viagem a filha do Dr. Fedinec teve outro compromisso. Então fomos Jakov e eu.
A chegada em New Orleans foi espetacular. Num fim de tarde, vindos do norte cruzamos o lago Pontchartrain numa ponte de 38 km. E imagine que éramos muito orgulhosos do feito da ponte Rio-Niterói, ponte de 13 km, um terço daquela que atravessamos. De um lado não se avista o outro lado. Conforme íamos chegando a New Orleans avistávamos o reflexo do sol na cúpula, que ia crescendo quanto mais aproximávamos, do hoje Mercedes-Benz Superdome.
Na época o que mais me impressionou na cidade não foi o tesouro do faraó, mas a vida noturna no French Quarter, o quarteirão francês dessa cidade da Louisiana.
Só para recordar a Louisiana pertencia a França e foi comprada pelos Estados Unidos em 1803 por menos de 3 centavos de dólar o acre ( 4.046 metros quadrados ). Uma bagatela pela compra de uma área que na época dobrou a extensão do território dos Estados Unidos. Desse período colonial restaram não só os casarões com seus balcões, mas também um certo glamour francês na cidade. Essa cidade também é o berço do jazz, terra do Louis Armstrong. Tem uma culinária muito particular com os famosos pratos: jambalaia e gumbo soup. Tem uma rua, a Bourbon street, quase num permanente carnaval.
Voltei a New Orleans em dezembro de 1984. Fomos, Ceni e eu, visitar e passar as festas de fim de ano com o meu irmão Luís Augusto, que fazia pós graduação na LSU – Louisiana State University, em Baton Rouge, a capital da Louisiana. Do outro lado, a noroeste, do lago Pontchartrain. Nessa visita foi tirada, não sei se pela Ceni ou pelo Luís Augusto a foto minha abraçando a escultura da Martha, a freguesa do French Market.
Depois disso estive várias vezes, em congressos médicos, em New Orleans. Um dos mais marcantes foi o da AUA – Associação Americana de Urologia, em 1996, onde numa atividade pré-marketing foi apresentada a experiência clínica com o sildenafil no tratamento da disfunção erétil, que veio dar num dos maiores sucessos da indústria farmacêutica, o Viagra. Eu na época trabalhava com o Professor Elsimar Coutinho, em Salvador, e fui convidado a participar de um workshop com o Muse, um produto para o uso intra-uretral do alprostadil, também para o tratamento da disfunção erétil, mas que absolutamente não logrou o mesmo sucesso do sildenafil e demais inibidores da PDE5.
No último congresso que estive em New Orleans, o do ACGO – Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia, agora em maio de 2013, Ceni tirou essa foto minha abraçando a mesmíssima Martha, depois de 30 anos.
Essa Martha tem uma propriedade que boa parte das pessoas que conheço gostaria de ter. Está sempre do mesmo jeito, não envelhece, não muda.
30 anos separam as duas fotos: eu abraçando a escultura da Martha, a freguesa do mercado ( a market customer ) no French Quarter, de New Orleans. Escultura de Paul Perret, de 1983.
A primeira vez que visitei New Orleans foi em outubro de 1977. Eu e o Jakov Vlasic Bajtalo, meu colega no curso de medicina em Sorocaba, e também colega de plantão na Maternidade da Cruzada Pró-Infância, no Hospital Pérola Byington de São Paulo, fazíamos como exchange students um estágio em Ginecologia e Obstetrícia na Universidade do Tennessee em Memphis. Um dia o Dr. Alexander Fedinec, diretor de assuntos internacionais da universidade, nos chamou. Queria nos vender seu carro usado, um Buick station wagon 1968. E sugeriu que com esse carro poderíamos ir até New Orleans, acompanhando a sua filha. Lá em New Orleans estava ocorrendo uma exibição dos tesouros de Tutancâmon, um faraó do antigo Egito. No final de semana combinado para a viagem a filha do Dr. Fedinec teve outro compromisso. Então fomos Jakov e eu.
A chegada em New Orleans foi espetacular. Num fim de tarde, vindos do norte cruzamos o lago Pontchartrain numa ponte de 38 km. E imagine que éramos muito orgulhosos do feito da ponte Rio-Niterói, ponte de 13 km, um terço daquela que atravessamos. De um lado não se avista o outro lado. Conforme íamos chegando a New Orleans avistávamos o reflexo do sol na cúpula, que ia crescendo quanto mais aproximávamos, do hoje Mercedes-Benz Superdome.
Na época o que mais me impressionou na cidade não foi o tesouro do faraó, mas a vida noturna no French Quarter, o quarteirão francês dessa cidade da Louisiana.
Só para recordar a Louisiana pertencia a França e foi comprada pelos Estados Unidos em 1803 por menos de 3 centavos de dólar o acre ( 4.046 metros quadrados ). Uma bagatela pela compra de uma área que na época dobrou a extensão do território dos Estados Unidos. Desse período colonial restaram não só os casarões com seus balcões, mas também um certo glamour francês na cidade. Essa cidade também é o berço do jazz, terra do Louis Armstrong. Tem uma culinária muito particular com os famosos pratos: jambalaia e gumbo soup. Tem uma rua, a Bourbon street, quase num permanente carnaval.
Voltei a New Orleans em dezembro de 1984. Fomos, Ceni e eu, visitar e passar as festas de fim de ano com o meu irmão Luís Augusto, que fazia pós graduação na LSU – Louisiana State University, em Baton Rouge, a capital da Louisiana. Do outro lado, a noroeste, do lago Pontchartrain. Nessa visita foi tirada, não sei se pela Ceni ou pelo Luís Augusto a foto minha abraçando a escultura da Martha, a freguesa do French Market.
Depois disso estive várias vezes, em congressos médicos, em New Orleans. Um dos mais marcantes foi o da AUA – Associação Americana de Urologia, em 1996, onde numa atividade pré-marketing foi apresentada a experiência clínica com o sildenafil no tratamento da disfunção erétil, que veio dar num dos maiores sucessos da indústria farmacêutica, o Viagra. Eu na época trabalhava com o Professor Elsimar Coutinho, em Salvador, e fui convidado a participar de um workshop com o Muse, um produto para o uso intra-uretral do alprostadil, também para o tratamento da disfunção erétil, mas que absolutamente não logrou o mesmo sucesso do sildenafil e demais inibidores da PDE5.
No último congresso que estive em New Orleans, o do ACGO – Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia, agora em maio de 2013, Ceni tirou essa foto minha abraçando a mesmíssima Martha, depois de 30 anos.
Essa Martha tem uma propriedade que boa parte das pessoas que conheço gostaria de ter. Está sempre do mesmo jeito, não envelhece, não muda.